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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

OTAVIO JULIO SILVA JUNIOR

 

 

“Tenho dezesseis anos. Moro numa casa igual às outras.
Vida social-burguesa: não participo. Baudelaire e Schopenhauer foram meus  primeiros mestres. Quando sofri a angústia das “pequenas coisas ridículas”, Fernando Pessoa informou-me que eu não tinha “par nisto tudo neste mundo”. Agora percorro com Nietzsche e Marx, caminhos que conduzem a novos horizontes.”

 

Faleceu aos 56 anos, em São Paulo, quarta-feira, 03 de outubro de 2001.

 

 

 

ANTOLOGIA DOS NOVÍSSIMOS.  São Paulo: Massao Ohno Editora, 1961.  “Coleção dos Novíssimos”  vol. 9.  Capa de João Susuki.   
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

SEJAMOS NÓS

Sejamos nós em nossos dias passando.
Sintamos o calor das frases não pronunciadas.
Façamos do tédio um raro momento, para que se torne caro.
Deixemos nossas caminhadas ressoarem por perdidos álamos.
Que o sorriso ilumine-se pelos caminhos achados.
Que nossos gestos se alonguem e se percam em solitárias
paragens.
Que a neblina de dúvida dissipe-se de nossos olhares,
o êxtase sobreviva em meio a tormentas!
Para nosso adeus refletir-se no mesmo lago.



TÉDIO OU ROTINA

No céu,
Primeiros raios solares.
Começa o amanhecer.
A noite bate em retirada,
Por invisíveis estradas.
O sol nasceu, como ontem nasceu.
Também nascerá amanhã.
Pássaros cantam, sempre cantaram.
Saio à rua,
Sabendo que no fim tem uma praça,
E eu vou no número tal...
Volto, no rádio uma música qualquer,
Gozado primeira vez que a ouço.

Chega a tarde,
Com seu tradicional manto de cores.
Na rua, os mesmos transeuntes,
Os mesmos comentários.
Como sempre anoitece, hoje acontece também.
Talvez chova, talvez não.
Da janela de meu quarto, vejo um jardim.
Nenhuma árvore sumiu!
... Uma flor morreu.
Os ruídos são os mesmos de ontem.

Ligo o rádio, ................................
Ora, já ouvi esta música o dia inteiro.
O tempo passa nas mesmas proporções de sempre.
No céu,
primeiros raios solares
Começa o amanhecer...

 

 

      

       SÓ EU VI...

Tic-Tac   Tic-Tac
... São 2 hs...

       O bar fechou,
e o ônibus não parou.
... Nem a chuva parou.
Ali uma prostituta zangou,
e o homem não esperou.
Um carro passou,
e o sinal não esperou.
O cachorro latiu,
e o gato escutou...
A rua estava deserta.
Fui só eu, que passando sem esperar,
vi que o bar fechou,
e o ônibus não parou.
... Só a chuva continuou.



NOITE


É noite...
Em minha ama também é noite.
Névoas de fumaças sobem ao alto.
Ilusões exaladas ao alto.
Noite, momento em que:
Ruído é apenas ruído,
Luz é apenas luz,
Crime é apenas crime,
Delírio é apenas delírio.
Porque somente tu observas.
Amo-te negro silêncio!
Sublime momento em que nós, somos apenas nós...



E TUDO PAROU

Não mais tocam sinos
Não mais cantam pássaros
Não mais correm rios
Não mais desabrocham flores
Não mais partem ônibus.
Ninguém mais ri,
Ninguém mais chora.
Porque tudo calou e nada falou.
Porque tudo parou e nada andou.
E tudo ficou...



ÁGUAS

Chove.
As águas enlameadas do passado,
Escorrem por entre os rio do desespero.
Manchando o presente...

       

 

*

 

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Página publicada em junho de 2021


 

 

 
 
 
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